MENELAU E OS HOMENS: Demasiado ambíguos – Resenha de Paulo André Correia para a VERBO21

 

Clique no trecho e leia a resenha completa que a VERBO21 publicou sobre Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012).

“Numa conversa virtual com Dênisson, falei desse viés ritualístico e ele falou do confronto entre o ideal helênico de cultura e o ideal judaico. Atentei então para os nomes dos personagens. Menelau, que lembra o ideal grego de herói e Davi, o herói judaico, com a vitória do segundo. Na minha leitura, como já salientei, vi a metáfora da invasão violenta dos valores da dita modernidade urbana. Davi, capturado, deixa o amigo Menelau nas brenhas do sertão por vários dias e percebe que só resta voltar à cidade, deixando a certeza de que na vida não há inocentes, pois como lhe revela a voz intrusa que aparece na narrativa: “os homens não são bicho de confiança” (p. 43). Davi, então, “tomou as rédeas de sua égua monumental, montou e se afastou num galope apressado, afinal, a cidade precisava dele” (p. 43). A hybris (a ambiguidade de que fala o narrador de Calumbi) derrota a aretê (o ideal épico de virtude)”.

Paulo André Correia é Mestre em Literatura pela UEFS. Atualmente leciona na UNEB.

“Menelau e os homens” seguiu pra Feira.

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Amanhã, 8 de maio, 18h, na programação da Celebração das Culturas dos Sertões, Centro de Cultura Amélio Amorim – Feira de Santana, vai haver sessão de autógrafos de Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012) , novo livro de Dênisson Padilha Filho.  A vastidão do Brasil, a solidão, a saudade e a aridez dos homens… tudo lá, nas páginas.

Apareçam para uma boa conversa e para desfrutarem do belo evento.

Um abraço.

Dênisson Padilha Filho.

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MENELAU E OS HOMENS em Feira de Santana

A Celebração das Culturas dos Sertões terá, em sua programação, um espaço dedicado às letras. Na terça-feira, 08, a partir das 18 horas, no Centro de Cultura Amélio Amorim – Feira de Santana, a literatura ambientada nas vastidões do Brasil será exaltada. Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012) novo livro de Dênisson Padilha Filho, estará sendo autografado.

Apareçam para uma boa conversa e para desfrutarem do belo evento.

Um abraço.

O autor.

Fotos do lançamento

Seguem algumas fotos do lançamento de Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012, ficção), que aconteceu ontem (dia 8 de março), no restaurante Grande Sertão, em Salvador.

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Lançamento no Grande Sertão

O lançamento de Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012, ficção) tem data, lugar e hora! Dia 8 de março, às 19h, no Restaurante Grande Sertão, em Salvador. Anote aí!

Entrevista com Goulart Gomes

O escritor baiano Goulart Gomes concedeu uma pequena entrevista para o blog e falou sobre literatura e o trabalho de Dênisson Padilha Filho. Gomes é autor de Anda Luz (1987), LinguaJá, o Território Inimigo (2000), Trix, Poemetos Tropi-kais (1999) e Minimal, dos males o menor (2007), a peça teatral A Greve Geral (1997), o cordel A Divina Comédia (1989); Todo Tipo de Gente, contos (2003), Matrix Revelations – Tudo o que Você Queria Saber sobre o Filme, ensaio (2005) e Deixando de Existir, ficção científica (2009), entre outras obras. Ele já ganhou mais de 60 prêmios em concursos de poesia, prosa e festivais de música e atualmente coordena o Movimento Internacional Poetrix.

Menelau e os homens: O senhor costuma tecer elogios à obra de Dênisson Padilha Filho. O que o senhor encontrou nela que o entusiasmou?

Goulart Gomes: A obra de Dênisson Padilha Filho segue o melhor da tradição dos ficcionistas nordestinos, pelos quais sou encantado, a exemplo de José Lins do Rêgo, Rachel de Queiroz, José Cândido de Carvalho, Graciliano Ramos, Wilson Lins e, mesmo, Guimarães Rosa, mas com um estilo próprio, contemporâneo e contextualizado. Ambientados em um cenário sertanejo, suas personagens, muito bem tipificadas, vivem histórias que encantam e emocionam. Hoje, que a nossa literatura está assolada pelos dramas vividos no ambiente urbano. Dênisson consegue trazer de volta o cenário rural para o centro das atenções, com suas histórias marcantes e inusitadas.

M: É possível falar em um homem com dores universais estando no nordeste brasileiro? Há alguma possibilidade de metáfora de mundo que nos remeta a nossa perdição original estando sobre a sela de um cavalo?

G: A maior parte das melhores obras da literatura universal retrata os grandes dramas universais sob um olhar local. É o Urbe et Orbi. É assim com Dostoiévski, John Steinbeck, James Joyce, Gabriel García Marques, Nelson Rodrigues ou Marcel Proust. Seja sobre a sela de um cavalo, de um camelo ou de uma motocicleta, os mitos arquetípicos que nos estruturam são os mesmos em qualquer parte do mundo. Grande Sertão: Veredas, por exemplo, trata da essência e existência do Mal, tanto quanto o Fausto, de Goethe; aborda o homossexualismo tanto quanto Em Busca do Tempo Perdido; trata das desigualdades sociais tanto quanto Dom Quixote. A obra de Dênisson Filho não foge a este Destino. Ele é local e universal, como o próprio ser humano.

M: O que senhor espera encontrar em Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012, ficção), o novo trabalho de Dênisson Padilha Filho?

G: A continuidade deste trabalho sólido que ele vem construindo ao longo dos anos. Espero encontrar tanto prazer em sua leitura quanto nas obras anteriores deste importante autor baiano.

Mais sobre Goulart Gomes em seu site.

A foto foi daqui.